quinta-feira, 22 de maio de 2014

Esculturas valiosas são vítimas do descaso pelas ruas de Belo Horizonte

Em diversos pontos da cidade, obras de artistas importantes são mal preservadas, ignoradas pelo público e, em alguns casos, instaladas de maneira incorreta:

 



Obra do artista plástico Amilcar de Castro está abandonada em frente a Escola Estadual Professor Hilton Rocha, bairro Primeiro de Maio
Belo Horizonte está entre as poucas cidades do Brasil que têm o luxo de contar, em seu espaço público, com um conjunto significativo de esculturas de grandes proporções assinadas por artistas consagrados. São obras valiosas de nomes como Amilcar de Castro (1920–2002), Franz Weissmann (1911–2005) e Mary Vieira (1927–2001). De qualidade inquestionável, elas poderiam figurar em respeitadas coleções internacionais. Mas BH trata mal o seu precioso acervo.


A maioria das peças está instalada de maneira incorreta, sem informações que auxiliem o público a admirá-las e compreendê-las. Além disso, tornaram-se reféns da ação do tempo.

A rara versão em grandes proporções de uma escultura seminal de Amilcar de Castro está escondida no mato. Pior: deitada no pátio de entrada da Escola Estadual Professor Hilton Rocha, no Bairro 1º de Maio. Ela passa despercebida, apesar de ser peça das mais disputadas no mercado de arte. “Ando por aqui direto, não tinha notado. Para mim, isso nada significa”, diz a estudante Jussara Viana, moradora do Bairro Dona Clara. A mesma sensação tem o namorado dela, Ricardo Mendes: “Vim aqui várias vezes, nunca reparei nessa escultura”.

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